Os Jogos na Lídia Antiga: Um relato de sobrevivência, inovação e reflexão sobre a ruga da realidade
Nesse artigo não quero falar sobre os jogos modernos. Vamos voltar um bom tanto no tempo, algo próximo de 2.500 anos. Antes de contar a história inteira, vou dar um pouco de contexto.
Estamos falando do Século VI antes de cristo. Era um momento de transformação. Esse século em específico, marcou o fim da era arcaica e o início da era clássica na Grécia.
O Período Clássico foi o apogeu das cidades-estados gregas, como Atenas, onde eram construídos grandes teatros para as apresentações culturais.
Na antiga Lídia, um reino situado na região que compreende parte da Turquia, uma grave crise de fome afligia a população. Foi um período longo de estiagem e desespero.
Esse reino passou por uma grave crise de fome. Isso afligia a população. Com a comida cada vez mais escassa, o Rei Atys tomou uma decisão audaciosa que definiria o destino de seu povo.
Ele decretou que a população se alimentaria em um dia, e no dia seguinte se entregaria a uma série de jogos criados por eles.
A população seguiu rigorosamente por 18 anos até que o Rei tomou uma decisão difícil: deixar a Lidia.
Mas a maneira com que ele fez isso foi no mínimo inusitada.
O rei decidiu dividir a população em duas metades, e cada uma delas participaria de um último jogo. Os vencedores desse jogo teriam o direito de partir e explorar novas terras, liderados pelo filho do rei.
Dessa maneira, o Rei conseguiu transmitir à população a ideia de que a vitória estava em perceber o problema como uma oportunidade.
Os jogos, oferecendo uma fuga da realidade, permite que as pessoas explorem mundos alternativos, assumir papeis diferentes e enfrentar os desafios que nos desafiam de maneira segura e controlada.
Essa história nos lembra da incrível capacidade da humanidade de se adaptar e inovar, mesmo nos momentos mais sombrios.
Quem contou essa história foi Heródoto, o pai da História como conhecemos hoje.