Eu não sei o que quero. E isso é bom.
Eu estava lendo mais cedo sobre Millenials nesse texto aqui.
Ele diz que existem 5 características nos Millenials de sucesso que são diferentes dos Millenials que não fizeram sucesso. Beleza.
Bom, pra contextualizar, vou colocar as 5 aqui.
O Millenial bem sucedido:
1- Não estão com seu telefone o dia todo.
2- Não vão em mais que um evento "espontâneo" (algo como marcado na hora) por semana.
3- Não procuram coisas que "soem" como sucesso. Seguem coisas em que eles são bons (ou se destacam)
4- Não se preocupam muito com o destino, mas sim com o processo que te leva até ele.
E aí, vou parar nesse 4º. Toda entrevista de emprego (ou a grande maioria delas) tem aquela famigerada pergunta: Qual é o seu objetivo profissional?
Em algumas que fiz, respondi que era ser professora na universidade (apesar de sempre acreditar que dar aulas na universidade seriam um meio para atingir algo maior, mesmo sem saber exatamente o que), em outras respondi que era programar sites lindos como a Apple faz (não tem nada mais frio que essa resposta, na minha humilde opinião -apesar de eu mesma ter falado isso algumas vezes-), e daí mudei algumas coisas. Comecei a parar de mandar currículos aleatoriamente para todas as empresas com vagas abertas que me interessavam. Comecei então a mandar currículos para empresas que muitas vezes não estavam com vagas abertas, mas que me faziam sonhar na profissional que podia me tornar, lá dentro.
Provavelmente por não ter um objetivo bem definido de vida, comecei a refletir sobre como passar pra empresa que meu objetivo era meu próprio desenvolvimento sem que parecesse egoísmo. Das 15 empresas que enviei currículos nessa época, apenas 1 respondeu falando que precisavam de um FrontEnd com mais experiência (e eu não tinha nenhuma visto que tinha acabado de me formar como FrontEnd Júnior). Então voltei pra minha reflexão.
Eu queria um emprego porque precisava me desenvolver como pessoa e não existe maneira mais certa de fazer isso do que trabalhando.
Então dei minha última cartada, e tentei algo novo. Na última entrevista que fiz (que hoje é meu emprego), quando me perguntaram qual era meu objetivo de vida eu disse: Quero fazer essa empresa crescer, quero educar e dar exemplo (como a professora que sou e não nego) para que nós possamos fazer trabalhos incríveis juntos.
Acredito que por causa do modelo de trabalho e ensino tradicional, as pessoas nunca foram ensinadas a acreditarem e setarem seus objetivos (e eu sei que isso é bem passível de interpretação e com aquela boa dose de autoajuda). Mas fica aquele questionamento:
Porque meu objetivo pessoal não pode ajudar a empresa onde estou a se desenvolver? Porque eu tenho que ficar fazendo apenas o que me mandam e não criando novas soluções para o problema do cotidiano? É sério que eu levanto da cama todo santo dia apenas pra receber meu salário do fim do mês?
A verdade é que, não tenho resposta pra essas perguntas (porque não sou nenhuma filósofa nem nada do gênero). Mas acredito que se você não está lá pra fazer a diferença, não adianta de nada estar lá.
De qualquer forma, aqui a citação (traduzida livremente por mim do link lá de cima) de onde surgiu essa reflexão toda:
Millenials de sucesso falam muito menos que vão ser ricos algum dia. Eles se preocupam muito mais com o processo, a jornada. Eles querem ser mestres no seu trabalho, na sua indústria, e suas habilidades porque são genuinamente curiosos sobre seu próprio potencial.