BatMask
Minha primeira experiência em Realidade Aumentada não podia ter sido melhor. Na realidade, ela foi um:
BANHO DE AUTOESTIMA.
Explico:
A Mariana de 2009 sabia que se dava bem com tecnologia. Fazia curso de "WebDesign" e sabia programar (HTML puro, com CSS inline). Era a única de uma turma de 20 mulheres. Tinha vários amigos que eram "técnicos de computador" (assim que eu chamava na época) e gostava de pedir dicas e entender melhor as peças, os macetes e outros "hacks úteis". Passava em torno de 8 horas diárias jogando, no computador, com seus amigos "técnicos", que nem sempre eram da mesma cidade que ela.
A Mari também sabia várias coisas de Photoshop que pareciam úteis e interessantes e até usava, de vez em quando pra fazer os trabalhos da escola.
Em 2012, na faculdade de música, usava esses conhecimentos pra fazer trabalhos mais rápido. Era muito fácil entender um novo software de criação de áudio ou de edição. Era muito fácil formatar os trabalhos para estarem nas normas da ABNT. Era muito fácil trazer exemplos tecnológicos pras aulas teóricas e práticas. A Mari não entendia muito bem essas coisas mas sabia muito bem uma coisa muito específica:
Procurar no Google.
Entender palavras-chave e organizá-las de uma forma que um computador possa entender, é das habilidades que eu mais venho desenvolvendo nos últimos anos.
A Mari de 2020 é dona das palavras, dos termos técnicos. Ela entendeu lógica, (um pouco de) matemática computacional. E percebeu algo muito importante quando fez esse aplicativo:
A grande diferença da Mari musicista pra Mari desenvolvedora é a capacidade de parar de tentar encontrar particularidades, para extrair tudo aquilo que pode (e deve) ser padronizado.
Entendi qual é a real função de um código limpo, bem escrito. Entendi e concertei erros só de ler o nome. E, o principal?
Eu escolhi aprender.
E foi muito divertido
Muito mesmo.
E eu até desenhei e pintei algumas máscaras a tempo do bloquinho de Carnaval.
Confesso que olhando agora, o app até que não é tão complexo, mas foi recompensador colocar todo esse conhecimento num lugar só. A Mari de 2009 ficaria boba com as possibilidades.
Claro que não ficou um trabalho de design excepcional, mas confesso que estou bastante feliz com o resultado. Ainda bem que me desafiei. O banho de auto-estima que citei no começo do texto é justamente sobre isso. Entender o quanto eu aprendi no último ano foi uma conquista gigantesca. E o resultado?
Agora só to ansiosa pro próximo. Falta muito pra segunda-feira?